O governo brasileiro anunciou, nesta terça-feira (4), seu apoio à candidatura do ministro das Relações Exteriores do Suriname, Albert Ramdin, para o cargo de secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). A eleição está marcada para o dia 10 de março, na sede da OEA em Washington D.C., e o eleito cumprirá um mandato de cinco anos, até 2030.
A decisão do Brasil foi tomada em conjunto com outros países sul-americanos, incluindo Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai. Em nota conjunta, esses governos destacaram a vasta experiência diplomática de Ramdin, que já atuou como secretário-geral adjunto da OEA, considerando-o apto a enfrentar os desafios contemporâneos da região.
A candidatura de Ramdin também recebeu, em setembro do ano passado, o apoio da Comunidade do Caribe (Caricom), da qual o Suriname faz parte. Caso seja eleito, esta será a primeira vez que um representante do Caribe liderará a OEA, o que é visto como um passo significativo para a unidade regional no atual contexto geopolítico.
Albert Ramdin concorre ao cargo com o chanceler do Paraguai, Rubén Ramírez, na disputa para substituir o uruguaio Luis Almagro, cujo mandato termina em 25 de maio.
Fundada em 1948, a OEA é o mais antigo organismo regional do mundo, com sede em Washington D.C., e tem como objetivo promover a solidariedade, a cooperação e a integração entre os países das Américas.